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O Manual de Boas Práticas para Açougue e Casa de Carnes é fundamental para garantir segurança, higiene e qualidade em cada etapa do trabalho. Esse manual ajuda estabelecimentos a seguirem regras que protegem tanto o consumidor quanto os próprios funcionários. Ao aplicar as orientações corretas, o açougue consegue evitar contaminações e oferecer produtos frescos e confiáveis.

Além de abordar assuntos como higiene, manipulação dos alimentos e controle de qualidade, o manual orienta sobre descarte adequado de resíduos e treinamento da equipe. Com esses cuidados, fica mais fácil manter a confiança dos clientes e seguir as normas exigidas pela Anvisa, como detalhado neste guia de boas práticas do setor.

  • O manual orienta sobre higiene, segurança e qualidade.
  • Auxilia no cumprimento de regras sanitárias importantes.
  • Ajuda na capacitação da equipe e melhoria contínua dos processos.

Importância do Manual de Boas Práticas para Açougues e Casas de Carnes

O Manual de Boas Práticas para açougue e casa de carnes é um documento essencial para garantir a segurança alimentar e evitar riscos à saúde dos consumidores. Ele organiza rotinas de trabalho, orienta sobre padrões de higiene e ajuda a manter a qualidade dos produtos.

Legislação e Normas Regulamentadoras

A legislação brasileira torna obrigatória a adoção de boas práticas em açougues e casas de carnes. Isso inclui o cumprimento das exigências da ANVISA e órgãos de Vigilância Sanitária estaduais e municipais. As normas vão desde regras para recebimento e armazenamento da carne até procedimentos para manipulação de alimentos.

O manual detalha protocolos como controle de temperatura, higienização de equipamentos e uso de uniformes. Ao implementar estas medidas, o estabelecimento reduz o risco de contaminação e está menos sujeito a autuações por fiscalização.

Seguir as normas ajuda a evitar multas e garante licenças sanitárias em dia. O descumprimento pode causar interdição do local e prejuízos ao negócio.

Responsabilidade Sanitária

A manipulação de carnes exige atenção rígida com higiene. Funcionários devem sempre lavar as mãos, usar EPIs e realizar a limpeza constante dos ambientes.

Com o manual, todos os critérios de limpeza, organização e descarte de resíduos ficam claros para a equipe. Isso previne a transmissão de doenças alimentares e protege a saúde dos consumidores.

Procedimentos como separação de carnes, armazenamento adequado e controle de pragas são essenciais. O manual ainda deve prever rotinas de treinamento e reciclagem para garantir que todos compreendam suas responsabilidades diárias.

Vantagens para o Negócio

A adoção de um manual de boas práticas para açougue e casa de carnes oferece benefícios diretos ao negócio. Entre eles estão maior produtividade, redução de desperdícios, facilidade no treinamento de novos funcionários e padronização dos processos.

Com processos bem definidos, há menos imprevistos e acidentes de trabalho, além de menos perdas de alimentos. Isso contribui para a lucratividade.

Outra vantagem importante é a confiança do cliente, pois ele percebe o cuidado na manipulação dos produtos e a preocupação com a qualidade. Segundo especialistas, o manual ajuda na organização dos processos e na melhoria da imagem do estabelecimento.

Leia também: Consultoria Sanitária para Açougue e mercados

Estrutura e Conteúdo Essencial do Manual

O Manual de Boas Práticas para açougue detalha informações básicas da empresa, os principais objetivos do documento e a importância de revisão constante. Cada parte é importante para garantir clareza e organização no açougue ou casa de carnes.

Identificação da Empresa

A primeira parte do manual de boas práticas par açougue e casa de carnes informa os dados da empresa. É essencial incluir nome oficial, razão social, endereço completo, CNPJ e contato. Essa identificação permite fácil localização do estabelecimento e atendimento às normas sanitárias.

Deve-se registrar o responsável técnico e suas credenciais profissionais. Incluir horário de funcionamento ajuda no controle de inspeções. Reforça-se a necessidade de que as informações estejam sempre atualizadas.

Exemplo simples de tabela para este item:

DadoInformação
Nome da EmpresaAçougue Modelo
CNPJ12.345.678/0001-99
EndereçoRua das Carnes, 123
Responsável TécnicoJoão da Silva, Zootecnista
Telefone(99) 99999-9999

Objetivos e Abrangência

O manual deve explicar de forma clara a finalidade do documento. Isso inclui descrever por que existe o manual, como proteger a saúde dos clientes, e garantir que todas as normas de segurança alimentar sejam atendidas.

Deve ser listado quais setores, processos e áreas do negócio são cobertos pelo manual. Por exemplo, inclui desde o recebimento da carne até o armazenamento, manipulação e venda, seguindo as normas obrigatórias.

É importante detalhar para quem o manual é direcionado: funcionários, gestores e responsáveis técnicos. Definir as responsabilidades de cada grupo ajuda a manter a organização e a segurança na operação diariamente.

Revisão e Atualização do Documento

O manual deve estabelecer com que frequência será revisado e atualizado. Recomenda-se revisão anual, mas sempre que houver mudanças nas práticas, legislação ou estrutura da empresa, a atualização deve ser imediata.

Todos os responsáveis devem ser avisados sobre modificações para garantir que o conteúdo esteja vigente e alinhado com as regulamentações atuais. Boas práticas demandam registro das datas de revisão, dos autores da atualização e breve descrição do que mudou.

Manter uma versão histórica das alterações oferece transparência e facilita auditorias sanitárias. Tabelas simples podem ser usadas para registrar as datas, responsáveis e principais mudanças feitas a cada atualização.

Boas Práticas de Higiene e Manipulação

A limpeza do local, o cuidado dos funcionários e a forma correta de lidar com as carnes são essenciais para garantir produtos seguros e saudáveis. Seguir regras simples ajuda a prevenir contaminações e manter a confiança dos clientes.

Higienização de Instalações e Equipamentos

A higienização das áreas de trabalho deve ser feita todos os dias antes de iniciar e após terminar as atividades. Pisos, paredes, bancadas, câmaras frias e equipamentos como facas e moedores precisam ser lavados com água limpa, sabão e produtos desinfetantes próprios para uso alimentício.

Superfícies que entram em contato direto com a carne, como tábuas e balcões, devem ser desinfetadas com frequência ao longo do dia. Os resíduos sólidos e líquidos devem ser removidos rapidamente para evitar mau cheiro e atrair insetos ou roedores. Lixeiras devem ter tampa, ser forradas com sacos plásticos e esvaziadas sempre que necessário.

Organizar a limpeza por meio de um cronograma ajuda a garantir que nenhum espaço fique sem higienização. Além disso, todos os equipamentos precisam estar em bom estado de conservação, sem ferrugem ou rachaduras que possam acumular sujeira.

Cuidados Pessoais dos Colaboradores

Os colaboradores devem manter hábitos de higiene rigorosos enquanto trabalham no açougue ou casa de carnes. Lavar as mãos corretamente, usando água e sabão, antes de manusear alimentos, depois de ir ao banheiro e após mexer em dinheiro é obrigatório.

As unhas devem estar sempre curtas e limpas. O uso de acessórios como anéis, pulseiras e relógios deve ser evitado, pois acumulam sujeira e microorganismos. O uniforme deve estar limpo e trocar de roupa ao entrar na área de manipulação é indicado.

Uso de touca, máscara e avental descartável ajuda a impedir a queda de cabelos ou partículas nos alimentos. Caso o colaborador apresente sintomas de doença, como gripe ou feridas nas mãos, ele não deve manipular alimentos até estar totalmente recuperado.

Procedimentos de Manipulação de Carnes

A carne deve ser manuseada com utensílios limpos e nunca em contato direto com as mãos. Facas e tábuas usadas para cortar carnes cruas não podem ser reutilizadas sem higienização quando for cortar outros tipos de alimentos.

É importante separar carnes de diferentes espécies, como bovina, suína e frango, para evitar contaminação cruzada. O armazenamento deve ser feito em caixas plásticas limpas e rotuladas, respeitando as temperaturas ideais para evitar o crescimento de bactérias.

As embalagens devem ser adequadas e proteger a carne de sujeira e manipulação excessiva. Os produtos fora do prazo de validade ou com aparência alterada precisam ser descartados de acordo com as normas de boas práticas para açougues.

Manual de Boas Práticas para Açougue e Casa de Carnes

Manual de Boas Práticas para Açougue e Casa de Carnes

Controles Operacionais

Os controles operacionais garantem que a carne seja manipulada de forma segura, mantendo a qualidade do produto e protegendo a saúde do consumidor. Seguir práticas corretas em cada etapa do processo reduz riscos de contaminação e desperdício.

Recebimento de Matéria-Prima

No momento do recebimento de carnes, é essencial inspecionar cada lote. Os funcionários devem checar origem, data de validade, integridade das embalagens e temperatura dos produtos.

Todas as caixas e embalagens devem estar limpas, íntegras e sem sinais de vazamento. Carnes resfriadas precisam chegar entre 0°C e 7°C, e congeladas a -12°C ou menos.

Rejeitar imediatamente qualquer carne com cheiro forte, cor alterada ou textura anormal. Usar checklists ajuda a organizar e registrar as inspeções realizadas.

Confira sempre os documentos do fornecedor para garantir que ele é autorizado pelos órgãos sanitários.

Armazenamento e Conservação de Carnes

O armazenamento correto evita contaminação e prolonga a durabilidade da carne. Deve-se separar as carnes por tipo (bovina, suína, aves) e manter cada uma em recipientes fechados e identificados.

A refrigeração é fundamental. Carnes frescas devem ser mantidas em câmaras frias entre 0°C e 7°C, enquanto carnes congeladas ficam a -18°C. Verifique as temperaturas dos equipamentos de refrigeração pelo menos duas vezes ao dia.

Produtos armazenados devem obedecer ao sistema “primeiro que vence, primeiro que sai” (PEPS). Limpe e desinfete prateleiras e câmaras frias com frequência.

Evite armazenar carnes no chão. Use paletes ou estrados plásticos para reduzir o contato com impurezas.

Fluxo de Produção e Distribuição

Organizar o fluxo de produção reduz riscos sanitários. A área de produção precisa ter zonas separadas para diferentes etapas como desossa, corte e embalagem, evitando cruzamento entre carne crua e produtos prontos.

Os colaboradores devem lavar as mãos e trocar de avental sempre que trocarem de atividade. Utensílios e superfícies usados no corte devem ser higienizados entre cada lote.

Durante a distribuição, carnes devem ser transportadas em veículos refrigerados, com monitoramento contínuo da temperatura. O tempo entre produção e entrega ao cliente precisa ser o menor possível para garantir frescor e segurança.

Implementar rotinas claras e treinar a equipe ajuda a garantir que todos os procedimentos sejam devidamente seguidos, conforme exigido pelas normas da ANVISA para açougue.

Gestão de Resíduos e Destinação Correta

O bom gerenciamento de resíduos em açougues é essencial para proteger a saúde pública, cumprir a legislação ambiental e evitar acidentes. Ao tratar resíduos da forma correta, também se reduz o risco de contaminação e se mantém o ambiente limpo e seguro.

Separação de Resíduos Orgânicos e Inorgânicos

A separação entre resíduos orgânicos e inorgânicos deve ser feita logo após a geração para evitar misturas indesejadas. Resíduos orgânicos incluem restos de carnes, ossos, sangue e gordura, que são altamente perecíveis e precisam de atenção especial. Os resíduos inorgânicos incluem papel, plástico, vidro e embalagens usados durante o preparo.

O uso de lixeiras com cores diferentes e bem identificadas facilita a destinação correta de cada material. É importante que todos os funcionários recebam treinamento para reconhecer e separar os materiais corretamente. Essa prática reduz o risco de contaminação cruzada e facilita o trabalho das empresas de coleta.

Boas práticas reforçam a necessidade do acondicionamento dos resíduos em sacos plásticos resistentes, evitando vazamentos e odores. A coleta deve ser feita em horários regulares para impedir o acúmulo de lixo orgânico, que atrai insetos e pode gerar doenças. Confira um exemplo de manual que ressalta os benefícios da segregação correta no Manual para Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

Descarte de Subprodutos

O descarte de subprodutos como ossos, gordura, sangue e restos não comerciáveis precisa obedecer normas sanitárias rígidas. Estes resíduos não podem ser jogados no lixo comum ou em redes de esgoto devido ao potencial de contaminação do solo e da água.

Empresas de recolhimento especializado devem ser acionadas para coletar e dar a destinação certa aos resíduos de origem animal. Muitas vezes, parte desses resíduos pode ser encaminhada para reciclagem industrial, produção de rações ou biodiesel, dependendo da legislação local. O transporte desses resíduos deve ser feito em recipientes fechados, limpos e devidamente identificados.

O responsável pelo açougue deve manter registros atualizados sobre a quantidade e o destino desses subprodutos. Isso garante mais transparência e facilita a fiscalização de órgãos competentes, conforme orienta o Manual de Gerenciamento de Resíduos. Mantendo esse controle, o açougue cumpre suas obrigações e ainda contribui com a sustentabilidade.

Controle de Qualidade e Rastreabilidade

A gestão eficiente da qualidade no açougue ou casa de carnes depende de procedimentos claros e registros constantes. A rastreabilidade é fundamental para garantir a segurança alimentar e evitar riscos para os consumidores.

Registro e Monitoramento de Procedimentos

O registro das atividades diárias permite identificar rapidamente qualquer falha nos processos. Isso inclui anotação de temperaturas de câmaras frias, higienização de equipamentos e controle de validade dos produtos. Esses dados podem ser registrados em planilhas ou sistemas digitais organizados.

Além disso, a checagem frequente dos procedimentos evita o acúmulo de erros. Os funcionários devem ser treinados para preencher corretamente os formulários e realizar inspeções internas. É importante criar um cronograma de monitoramento e seguir etapas pré-definidas para cada rotina.

Deixar registros claros facilita auditorias e inspeções da vigilância sanitária. Essa prática também demonstra respeito às normas da ANVISA para açougue.

Documentação Obrigatória

A documentação exigida inclui a ficha de controle de temperatura, registros de limpeza, laudos de procedência da carne e informações dos fornecedores. Estes documentos devem estar atualizados e organizados em local de fácil acesso para a equipe e para eventuais fiscalizações.

O Manual de Boas Práticas para açougue e casa de carnes precisa refletir os procedimentos adotados na empresa, sempre atualizado quando houver mudanças. Além disso, é essencial manter à disposição as listas de treinamentos realizados e atualizações de processos.

A legislação exige ainda manuais, POPs (Procedimentos Operacionais Padrão) e planilhas que comprovem a rastreabilidade e o controle de qualidade, conforme apresenta o manual para açougues. Esses itens servem como garantia documental de um ambiente seguro e regularizado.

Capacitação e Treinamento de Funcionários

O sucesso das boas práticas em açougues depende do preparo dos funcionários. Investir em treinamento regular promove maior segurança alimentar, qualidade dos produtos e atendimento mais confiável ao cliente.

Programas de Treinamento Contínuo

Os programas de treinamento contínuo são essenciais para atualizar os funcionários sobre práticas de higiene, manipulação segura e conservação correta das carnes. Cada colaborador deve aprender a identificar pontos de risco de contaminação, usar equipamentos de proteção individual (EPI) e seguir rotinas estabelecidas pelo manual de boas práticas.

Cursos práticos, palestras e reciclagens periódicas ajudam a fixar o conteúdo e adaptam a equipe a mudanças nas normas. Treinamentos sobre higienização de utensílios, separação de alimentos crus e cozidos, e descarte correto de resíduos são recomendados. Métodos de ensino podem incluir instruções presenciais, vídeos educativos e materiais ilustrativos.

Empresas especializadas oferecem treinamento de boas práticas para açougue adaptado à rotina de trabalho, garantindo que o time mantenha a qualidade esperada pelo consumidor.

Avaliação de Desempenho

A avaliação de desempenho permite acompanhar se os procedimentos estão sendo seguidos corretamente. Supervisores observam o comportamento dos funcionários, verificando o uso de EPIs, cumprimento das rotinas de higiene, e manipulação adequada dos produtos.

Relatórios simples podem ser preenchidos periodicamente, pontuando itens como limpeza, organização e cumprimento dos horários. Recomenda-se a realização de checklists diários e reuniões rápidas para discutir pontos de melhoria.

Se necessário, treinamentos extras e orientações individuais são aplicados para corrigir falhas. Esta prática contribui para a regularidade dos processos e reduz riscos de não conformidades, como mostra a cartilha sobre boas práticas para serviços de alimentação.

Comunicação com o Cliente e Transparência

Informações claras sobre os produtos ajudam os clientes a tomar decisões mais seguras e conscientes. Investir em educação alimentar melhora a confiança e fortalece o relacionamento com o público.

Identificação de Produtos para o Consumidor

A identificação correta dos produtos evita dúvidas e reforça a transparência. Cada corte de carne precisa estar rotulado com dados como nome do corte, validade, peso e preço. É importante incluir também detalhes sobre a origem da carne e se foi congelada ou resfriada.

Muitos açougues optam por etiquetas visíveis e painéis informativos próximos aos balcões. Isso reduz erros no momento da compra e facilita para quem tem restrições alimentares.

Itens obrigatórios no rótulo:

  • Nome do produto
  • Data de validade
  • Peso líquido
  • Preço
  • Procedência

A atualização dessas informações deve ser diária, mantendo os clientes sempre informados e atendendo as normas sanitárias, conforme orientações da Vigilância Sanitária.

Ações de Educação Alimentar

Ações educativas ajudam os clientes a escolher melhor os cortes e a preparar os alimentos com segurança. Muitos estabelecimentos organizam pequenas palestras, dão dicas de preparo em cartazes ou deixam folhetos explicativos próximos ao caixa.

Explicar a diferença entre cortes magros e gordos, orientar sobre a melhor forma de conservar a carne, e tirar dúvidas sobre pontos de cozimento são exemplos de práticas úteis.

Informação clara sobre alergênicos e regras de preparo seguro também deve ser destacada. O açougue pode investir em cartilhas e treinar seus funcionários para oferecer respostas claras às perguntas dos clientes, criando um ambiente mais confiável e transparente para todos, de acordo com práticas recomendadas em um manual de boas práticas.

Avaliação e Melhoria Contínua do Manual

A avaliação do Manual de Boas Práticas para açougue e casa de carnes deve ser feita de forma periódica para identificar pontos que podem ser atualizados. Mudanças em leis, processos e equipamentos exigem revisões para garantir que o manual continue útil e aplicável.

Um passo importante é envolver os funcionários no processo de avaliação. Eles podem apontar dúvidas, dificuldades e sugerir melhorias práticas no dia a dia do açougue ou casa de carnes.

Exemplos de ações para melhoria contínua:

  • Realizar reuniões para ouvir a equipe
  • Aplicar checklists regulares em rotinas de trabalho
  • Atualizar procedimentos conforme novas normas

É recomendado criar um cronograma simples para revisões, como mostra a tabela a seguir:

FrequênciaAção Sugerida
MensalChecar cumprimento dos procedimentos
SemestralRevisar conteúdo do manual
AnualTreinar equipe em atualizações

A renovação do manual também é importante para atender a requisitos legais e manter o ambiente seguro para produção e manipulação dos alimentos. Para mais detalhes sobre a importância das atualizações, acesse o conteúdo sobre renovação do Manual de Boas Práticas.

Ao manter o manual atualizado, a empresa reforça a qualidade dos processos e reduz o risco de problemas sanitários ou operacionais.

Estabelecimento comum no dia a dia dos brasileiros, o açougue é um lugar que exige muito cuidado. Afinal, estamos lidando com um alimento perecível, de origem animal, passível a diferentes formas de contaminação.

Sem um manual de boas práticas para açougue, com instruções claras sobre quais são as exigências legais e as boas práticas dentro daquele local, facilmente seu dono enfrentará problemas com a vigilância e, inclusive, seus clientes.

Um açougue não se trata apenas de deixar a carne exposta e fatiá-la quando necessário. Além de condições higiênico-sanitárias adequadas, é preciso ter atenção especial à segurança do trabalho.

Os manipuladores, ali, mexem diariamente com equipamentos perigosos e, sem uma orientação, os acidentes se tornam corriqueiros.

Se você deseja padronizar os serviços dentro do seu açougue, cumprir com a legislação vigente e melhorar sua credibilidade no mercado, continue lendo e tenha dicas de como elaborar um manual de boas práticas para açougue.

Origem dos açougues

A palavra açougue tem origem árabe e significa “mercado” ou “feira”. É uma unidade comercial destinada a vender cortes e partes de carnes, suínas, bovinas ou avícola. O primeiro registro da palavra na língua portuguesa data de 1254, na forma azougue.

Antigamente, o açougue não era como o conhecemos hoje. As feiras, em sua maioria, eram ao ar livre, sem nenhuma preocupação com a higiene.

Ainda hoje, há problemas em relação à origem das carnes comercializadas, mas, por outro lado, com o surgimento de órgãos de fiscalização e a evolução da ciência, foi possível tornar este ambiente um lugar que atende ao seu propósito, ao invés de ser um foco de doenças.

Importância do Manual de Boas Práticas para Açougue e Casa de Carnes

O açougue é um serviço de alimentação que realiza as seguintes atividades: manipulação, fracionamento, armazenamento e exposição à venda alimentos, certo? Logo, ele se encaixa na RDC nº 216, de 2004, que dispõe sobre o regulamento técnico de boas práticas para serviços de alimentação.

Na RDC nº 216, na seção sobre documentação e registro, há a seguinte especificação:  “os serviços de alimentação devem dispor de Manual de Boas Práticas e de Procedimentos Operacionais Padronizados.

Esses documentos devem estar acessíveis aos funcionários envolvidos e disponíveis à autoridade sanitária, quando requerido”. Isso significa que, sim, um açougue deve ter um manual de boas práticas.

Agora, você pode se perguntar: mas por quê? Qual é a importância de ter um manual de boas práticas para açougue? Abaixo, listamos alguns dos benefícios:

visita de fiscal da vigilância Sanitária em açougue que exigiu o Manual de Boas Práticas para açougue e casa de carnes para evitar multa ou interdição.

Manual de Boas Práticas para Açougue e Casa de Carnes elaborado pela Nutri Mis empresa de Consultoria e Assessoria Sanitária

Elaborando um Manual de Boas Práticas para Açougue e Casa de Carnes

Com tantas vantagens, não há por que deixar a execução do manual para depois, certo? Vamos, então, entender o que consta neste documento.

De início, a RDC nº 216 especifica que os seguintes assuntos precisam ser contemplados pelo manual de boas práticas: requisitos higiênico-sanitários dos edifícios,  manutenção e higienização das instalações, dos equipamentos e dos utensílios, o controle da água de abastecimento, o controle integrado de vetores e pragas urbanas, a capacitação profissional, o controle da higiene e saúde dos manipuladores, o manejo de resíduos e o controle e garantia de qualidade do alimento preparado.

Apesar ser bem abrangente, é importante que cada estabelecimento tire um tempo para analisar as limitações e a realidade do seu trabalho. Nesse processo, o auxílio de uma nutricionista é essencial, afinal, cabe a este profissional identificar irregularidades, corrigi-las e implementar o que está escrito no manual de boas práticas.

Em um açougue, temos alguns pontos críticos como o controle de temperatura da carne e da câmara frigorífica ou geladeira, tanto nas etapas de armazenamento quanto descongelamento. Outro ponto importante é o conhecimento do fornecedor. Vale a pena ter uma parte no manual com critérios para escolha do fornecedor e todos os dados que julgar essencial para garantir os valores éticos desta relação comercial.

De uma maneira geral, a partir de um artigo de 2002 da Roneide Roman, podemos dividir o manual de boas práticas para açougue nos seguintes tópicos:

  • Procedimentos e critérios: abrange o pré-preparo de carnes, o armazenamento e descongelamento.
  • Higienização do local: aqui, é possível especificar quais produtos são utilizados na limpeza, qual sua frequência, quem é o responsável, além do detalhamento sequencial com os POPs.
  • Estrutura física do estabelecimento: como é a divisão do açougue? O que cada dependência deve dispor? Como deve ser o piso, a parede, o teto? Quais são as especificações sanitárias para os equipamentos e utensílios? Essas são apenas algumas das perguntas que você pode responder nesta parte.
  • Aquisição de alimentos: fala, principalmente, sobre a seleção dos fornecedores.
  • Recebimento de alimentos: como é a área do recebimento? Quais são os horários, como é feito o monitoramento? O que deve ser conferido na hora da entrega? Detalhe, sempre, o máximo possível.
  • Equipamentos e utensílios: nesta parte, fale sobre o que é preciso levar em consideração na compra desses equipamentos e utensílios, como é realizada a manutenção, quais são os melhores materiais, entre outras informações.
  • Higiene geral: quais são os tipos de produtos usados, suas indicações de uso, precauções e diluição? Qual é a frequência da desinsetização e desratização? Aqui, os POPs também são bem vindos para explorar os procedimentos de boas práticas, como, por exemplo, a limpeza de azulejos, do moedor de carnes, etc.
  • Pessoal: contém orientações sobre o controle de higiene pessoal, treinamentos de Boas Práticas, cuidados gerais de saúde, informações sobre doenças e segurança do trabalho.
  • Controle de vetores: o que o açougue faz para impedir a entrada e proliferação de vetores e pragas urbanas, como ratos, moscas e baratas?

A essa altura você está pensando quantas horas, dias ou meses irá gastar para ter um manual de boas práticas para açougue completo e digno de parabenizações. Não podemos negar que este é, sim, um documento complexo, mas extremamente essencial.

FAQ – Manual de Boas Práticas para Açougues e Casas de Carne

O Manual de Boas Práticas de Manipulação (MBP) é obrigatório para açougues e casas de carne que desejam manter a regularidade sanitária, garantir a qualidade dos produtos e evitar autuações da Vigilância Sanitária.

A seguir, respondemos às dúvidas mais comuns sobre o tema.


Por que o Manual de Boas Práticas para açougues é obrigatório?

O MBP é exigido pela Anvisa (RDC nº 275/2002) e pelas legislações estaduais e municipais para qualquer estabelecimento que manipule alimentos. No caso dos açougues e casas de carne, ele é essencial para:
✅ Controlar riscos de contaminação biológica, física e química;
✅ Padronizar os procedimentos de manipulação, conservação e exposição das carnes;
✅ Atender às exigências da Vigilância Sanitária;
✅ Evitar multas, interdições e a perda do alvará sanitário.


O que deve conter no Manual de Boas Práticas para açougue?

O MBP deve contemplar, no mínimo, os seguintes tópicos:

  • Estrutura física do açougue: paredes, pisos, iluminação, ventilação e layout.
  • Equipamentos e utensílios: tipo de balcões, câmaras frias, serras e tábuas.
  • Higienização de equipamentos, utensílios e instalações.
  • Controle da temperatura de armazenamento e exposição das carnes.
  • Procedimentos de recepção, manipulação, corte e exposição dos produtos.
  • Critérios de seleção e armazenamento de embalagens e ingredientes.
  • Higiene e saúde dos manipuladores de carne.
  • Controle de pragas e vetores.
  • Gestão de resíduos e descarte correto de partes não comestíveis.

Quem deve elaborar o Manual de Boas Práticas para açougue ou casa de carne?

O Manual deve ser elaborado por um profissional habilitado, como um nutricionista responsável técnico, engenheiro de alimentos ou veterinário com experiência em segurança dos alimentos. O documento precisa refletir fielmente a operação real da unidade e estar sempre disponível para apresentação em fiscalizações.


É possível utilizar um modelo genérico de Manual de Boas Práticas para açougue?

Não. A Vigilância Sanitária não aceita manuais genéricos. O MBP deve ser personalizado para a realidade de cada estabelecimento, considerando a estrutura, os equipamentos, os tipos de carne manipulados, o volume de produção e os fluxos de operação.


Com que frequência o MBP deve ser atualizado?

O Manual deve ser revisado pelo menos uma vez por ano ou sempre que houver mudanças significativas, como:

  • Alterações no layout do açougue;
  • Troca ou inclusão de equipamentos;
  • Mudanças nos procedimentos de corte ou manipulação;
  • Modificações no cardápio ou tipo de produto oferecido.

Quais são os principais erros cometidos por açougues em relação ao MBP?

❌ Ter um MBP genérico e desatualizado;
❌ Não treinar os funcionários com base no documento;
❌ Manter o manual guardado e inacessível à equipe;
❌ Desconhecer as exigências da Vigilância Sanitária;
❌ Não realizar registros de controle (temperatura, higienização, resíduos).


Como a Vigilância Sanitária fiscaliza os açougues?

Durante a fiscalização, o agente da Vigilância Sanitária verifica:
📋 A existência e o conteúdo do MBP;
❄️ O controle de temperatura das carnes;
🧽 As práticas de higienização e manipulação;
🧼 A higiene dos funcionários e o uso de EPIs;
🪳 A presença de pragas ou sinais de infestação;
🧾 Os registros de controle e conformidade.


Como a Nutri Mix Assessoria pode ajudar meu açougue?

A Nutri Mix Assessoria é especialista na elaboração de Manual de Boas Práticas para açougue e casa de carnes exclusivo para açougues e casas de carne. Atuamos com consultoria personalizada, adequação às normas sanitárias e acompanhamento técnico para garantir total conformidade com a legislação.


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