Como fazer marmitas congeladas para vender?

Quer empreender na alimentação e pensou em fazer marmitas congeladas para vender? Nesse post, separamos 5 dicas para que esse seja um negócio lucrativo e, principalmente, sustentável. Afinal, quando falamos em alimentação, devemos lembrar que não estamos lidando apenas com sabor, mas também com saúde. 

Não basta ter tempero. Tem que ter conhecimento sobre técnica dietética e, em especial, segurança dos alimentos. Ninguém quer comer um strogonoff fit que, apesar de não ser calórico, vai causar uma baita dor de barriga pela contaminação no preparo.

Continue lendo para ver nossas dicas e começar a aplicá-las antes que erros bobos te custem um sonho. Temos mais de 10 anos de experiência no mercado da alimentação coletiva, ou seja, já vimos de tudo por aí. Prepara a caneta, esteja aberto às ideias e bora criar uma empresa lucrativa no ramo da nutrição.

 

Por que investir no mercado de marmitas congeladas para vender?

Na correria do dia a dia, são poucas as pessoas que têm tempo para, de fato, cozinhar uma refeição. Por esse motivo, os industrializados ganharam tanto espaço. Você chega cansado do trabalho, o que prefere: uma lasanha congelada que fica pronta em 3 minutos no microondas ou ir refogar alho e cebola para fazer arroz?

As marmitinhas, nesse contexto, surgiram como uma alternativa mais saudável e viraram febre. Alguém dispõem desse tempo para cozinhar e disponibiliza o prato pronto e porcionado para que você só descongele e aproveite. Bem mais prático e saudável, não é?

Existem marmitas congeladas de tudo: comida caseira, fit, low carb, vegana, etc. E é isso que nos leva para a primeira dica…

Como fazer marmitas congeladas para vender?

  1. Defina seu público-alvo

Para quem você quer vender suas marmitas congeladas? Mães com crianças em casa? Jovens que fazem faculdade e trabalham? Vegetarianos? Alérgicos à proteína do leite? Quem busca emagrecimento? Definir seu nicho é o primeiro passo.

Mas eu não posso vender para todo mundo? Sim, até pode. Comida boa conquista qualquer paladar. No entanto, ter um público definido te ajuda a elaborar um cardápio assertivo. Mães, por exemplo, se preocupam mais com o valor nutricional, enquanto os jovens buscam algo mais gostoso, o clássico comfort food.

Talvez você não queira ter um cardápio inteiramente vegetariano ou vegano, mas pode ter opções para substituir a proteína nas marmitas, como proteína de soja refogada, hambúrguer de grão de bico ou omelete. Já quem busca emagrecimento está mais interessado nos ingredientes das preparações. Usou óleo ou azeite? É farinha branca ou integral? Quantas gramas tem de cada preparação? 

 

Viu só quantos detalhes a se pensar dependendo do seu público?

 

  1. Monte um cardápio eficiente

Eficiente em relação ao tempo, orçamento, aspectos nutricionais e captação de clientes. O seu cardápio é a peça chave. Então, se você pensa em fazer marmitas congeladas para vender, tenha em mente que esse item é um divisor de águas. 

Para elaborar o cardápio, é preciso se colocar no lugar do seu público alvo. O que eu, no processo de emagrecimento, gostaria de comer? Será que essa pessoa já não está cansada de arroz integral, filé de frango e batata doce? Não seria bacana investir em outros alimentos, como quinoa, leguminosas, sementes e proteína vegetal?

Pensando como seu público alvo, olhe o que sua concorrência está fazendo. Estude os cardápios disponíveis, faça uma pesquisa de mercado e não tenha medo de perguntar ao seu cliente o que ele quer. Só assim será possível montar um cardápio atrativo. Talvez, na sua cabeça você tenha certeza que o público quer X, mas ao pesquisar perceba que, na realidade, eles estão comprando Y.

Tendo em mente os gostos do seu público, seus principais problemas e desejos, é hora de pensar nos seus recursos. Quais utensílios você tem disponível? Se você não tem batedeira, por que incluir preparações que levem clara em neve? Seja prático.

Como será seu cardápio? Fixo, semanal, quinzenal? Muda de acordo com a estação do ano, a cada dois meses ou não tem data determinada? Não queira fazer coisas mirabolantes se você ainda não tem a estrutura necessária. Um arroz e feijão bem feito é bem melhor que uma lasanha de aspargos sem pé nem cabeça.

Por fim, qual será seu orçamento? Saiba respeitar seus limites. É possível fazer cardápios incríveis, mesmo com um valor apertado. Pesquise sobre a sazonalidade dos ingredientes, encontre os melhores fornecedores e saiba usar o alimento de forma inteligente, sem desperdício e explorando ao máximo suas possibilidades.  

marmitas congeladas para vender

  1. Conheça as boas práticas de fabricação

Sim, porque mesmo fazendo em casa marmitas congeladas para vender você deve conhecer a legislação. Não é bagunça não, viu? Nada de fazer as preparações com cabelo solto, unha pintada, maquiagem, barba livre e sem um avental de proteção.

A cozinha tem que estar limpa e higienizada antes de começar a cortar qualquer ingrediente. Você precisa de tábuas separadas para os grupos alimentares e jamais deve manipular alimentos crus ao lado de alimentos cozidos.

Deixar seu animalzinho solto enquanto cozinha? Nem pensar. Pano de prato no ombro? Jamais. Varrer o chão com o arroz na panela? Esquece. Usar o mesmo utensílio para mexer o brócolis e o creme branco? Nunca.

Lembre-se que está cozinhando para outra pessoa e você não sabe como está a imunidade dela. Se é um idoso, uma gestante ou uma criança. Sua intenção é entregar praticidade, sabor e saúde, não uma intoxicação alimentar. 

Vale a pena dar uma olhada nos posts do nosso blog. Temos vários textos falando sobre as obrigatoriedades da legislação para os estabelecimentos alimentícios, as quais você consegue adaptar tranquilamente para uma produção caseira.

 

  1. Estude sobre as características dos alimentos

Ainda mais se você entregará as marmitinhas congeladas. Quais alimentos perdem pouco do seu valor nutricional no processo de congelamento? O que acontece com a carne quando eu a congelo? E com a abobrinha? Os temperos se perdem ou se acentuam?

Vender algo congelado é completamente diferente de oferecer uma refeição pronta para comer na hora. É aí que entra a técnica dietética. Ao saber o comportamento dos alimentos, você consegue manter sua qualidade por mais tempo e escolher os melhores ingredientes.

É bem mais interessante, por exemplo, congelar purê ao invés da batata cozida isolada. Preparações com iogurte têm um alto risco de ficarem deslaçadas, ou seja, a parte líquida se separar da sólida. E a cor dos vegetais? Como mantê-las bem vivas?

A técnica dietética também entra no rendimento e absorção desses alimentos. Como amaciar a carne? Como aumentar a digestibilidade do feijão? Você sabia, por exemplo, que deixar as leguminosas de molho melhora a absorção de nutrientes e aumenta seu rendimento? Pois é, esses conhecimentos fazem diferença.

 

  1. Aposte em uma boa rotulagem

A última dica envolve algo que pode ser seu diferencial: a rotulagem. Afinal, quem não gostaria de receber uma marmitinha com um rótulo que cuida da experiência do consumidor? Nele, você pode incluir a data de validade, a forma de armazenamento, o jeito certo de descongelar, sugestões de acompanhamentos e, inclusive, a tabela nutricional.

Quem está no processo de emagrecimento ou ganho de massa, com certeza, vai adorar saber quantas gramas de proteína, carboidrato e gordura há em cada marmitinha. Mas sobre a rotulagem de produtos caseiros você pode ler aqui, em outro post completinho.

E, então, curtiu essas dicas para quem pretende fazer marmitas congeladas para vender? Va aplicá-las no seu negócio? Conta pra gente nos comentários!