O futuro dos restaurantes pós-pandemia
O coronavírus chegou e abalou todos os nossos planos. Famílias, comércios, estudos, viagens, tudo foi afetado pela dimensão da covid-19. Tivemos que parar, recuar e se cuidar. Ainda temos um longo caminho pela frente, mas, pelo que vivemos desde março de 2020, podemos ter uma ideia de como será o futuro dos restaurantes pós-pandemia.
Este post é uma centelha de esperança. Em meio ao caos que estamos vivendo, vislumbrar um futuro mais estável nos dá força para continuar. O amanhã é, sim, incerto, mas ele é a soma das decisões que tomamos hoje. E isso vale não só para sua vida pessoal, como também a profissional.
Agarre-se a ideia de que tempos melhores virão. Porque, sim, uma hora eles chegarão. Vamos, então, ver quais hábitos e estratégias podem mudar no futuro dos restaurantes pós-pandemia?
É o fim do pequeno negócio?
Sim. E não. Muitas lanchonetes, bares, açougues e restaurantes pequenos tiveram que dizer adeus a um sonho. Não é fácil segurar um estabelecimento três meses com as portas fechadas. Ninguém esperava por isso.
O pequeno negócio que continua firme foi aquele que, desde seu início, entendia a importância de um bom planejamento financeiro e que soube trabalhar em cima de todas as possibilidades. O pequeno negócio que viveu um dia após o outro, sem estratégia e planejamento, pode até estar ainda em pé, mas está pagando o preço.
Não se engane: sim, os grandes têm mais força para sobreviver, mas os pequenos tem tanta garra quanto para lutar. Com um bom plano de negócios, clientes assíduos e uma visão estratégica, não há grande negócio que afunde o pequeno.
Novos hábitos no futuro dos restaurantes pós-pandemia
O coronavírus não causou só um maior apreço pelo álcool em gel. Nós mudamos, principalmente, nossos hábitos de consumo e de higiene, o que afeta, consequentemente, o futuro dos restaurantes pós-pandemia.
Quer entender melhor como isso vai funcionar? Nós te explicamos abaixo!
Maior preocupação com a higiene
Nós até fizemos um post no instagram brincando sobre como as nutricionistas de UAN sempre estiveram certas. Pegar no pé dos funcionários para lavarem as mãos com frequência não era uma frescura. Era uma necessidade.
A própria portaria 2619, do município de São Paulo, já deixava claro que era preciso higienizar as mãos ao:
- Chegar ao trabalho;
- Utilizar os sanitários ou vestiários;
- Iniciar, interromper ou trocar de atividade;
- Após manipular alimentos crus ou não higienizados;
- Antes de manipular alimentos submetidos à cocção, higienizados ou prontos para consumo;
- Tossir, espirrar, assoar o nariz, secar os suor, tocar no corpo ou cabelo;
- Usar utensílios e materiais de limpeza, como vassouras, rodos, pás, panos de limpeza, entre outros;
- Manipular lixo e outros resíduos;
- Tocar em sacarias, caixas, garrafas, maçanetas, sapatos ou outros objetos estranhos à atividade;
- Pegar em dinheiro;
- Tocar em máscaras;
- Antes de vestir e após retirar as luvas utilizadas na manipulação de alimentos.
Quem diria que uma legislação de 2011, voltada para cozinha industrial, seria tão atual?
Hoje, enfim, entendemos a importância de manter bons hábitos de higiene. Na cozinha e fora dela. Prova disso é que várias pessoas começaram a higienizar frutas, verduras e legumes com hipoclorito de sódio em casa, costume que antes era mais comum na UAN.
Os próprios funcionários compreenderam a magnitude da coisa e como um vírus é capaz de causar tanto estrago. Imagina, então, uma refeição contaminada por uma bactéria que chega ao prato de um idoso ou gestante.
Que a segurança dos alimentos torne-se, enfim, a prioridade – como deveria ser!
Valorização da mão de obra
Bons funcionários fazem um bom restaurante. Sem mão de obra qualificada, você perde tempo e dinheiro. Vale a pena pagar mais e ter um turnover menor, afinal, são as pessoas que tornam qualquer negócio possível.
Quem tem uma equipe unida, comprometida com o restaurante, encontrou apoio para mudar os processos e implementar novidades. Quem tem uma equipe desunida, insatisfeita com as condições de trabalho, viu a qualidade do serviço cair.
São tempos difíceis, sim. Mas não só para o dono do restaurante. Está complicado para a nutricionistas, técnica em nutrição, cozinheiro, auxiliar de serviços gerais, garçom, etc. Se a equipe não se unir para tentar manter seu ganha pão em pé, as chances de chegar ao fundo do poço são altas.
Lidar com a equipe, porém, é um trabalho contínuo. Um ambiente de trabalho saudável não se cria da noite para o dia. A confiança e cultura positiva são frutos de atitudes que valorizam o ser humano e da compreensão de que as pessoas evoluem com incentivo.
Investimento em delivery
Aqueles que nunca fizeram delivery se viram diante de um impasse: se eu não posso abrir as portas, como fazer com que meus produtos cheguem às pessoas? As únicas respostas possíveis são: delivery e retirada.
Com aplicativos como Uber Eats, Rappi e iFood, pedir comida virou um hábito comum. É bem provável que após o fim da pandemia, as pessoas continuem pedindo seus hambúrgueres, macarronada e até rodízio japonês do conforto do sofá.
O presente exigiu um investimento em delivery, mas esse é um sistema que vale a pena manter no futuro dos restaurantes pós-pandemia. É uma forma de aumentar sua clientela e, como vimos, sobreviver em momentos de crise.
Maior presença online
E se todo mundo está em casa, como fazer com que as pessoas saibam que meu restaurante está fazendo delivery? Ninguém está saindo na rua e também não podemos mais entrar e comer dentro de restaurantes, padarias, lanchonetes.
A solução mais viável é ter uma forte presença online, o que significa criar um perfil nas redes sociais que o seu cliente está. O instagram tem recursos muito bacanas que permitem que as pessoas te encontrem por meio das hashtags e localização. No facebook, existem os grupos dos bairros. Já no whatsapp, é possível postar as promoções nos status e receber os pedidos.
O marketing foi uma ferramenta fundamental para definir quais restaurantes teriam mais destaque e, consequentemente, mais pedidos. Com certeza, as redes sociais fazem parte do futuro dos restaurantes pós-pandemia.
Foco na fidelidade dos clientes
Por fim, a última lição que podemos tirar dessa pandemia é que clientes fiéis fazem toda diferença. Nós vamos te explicar o porquê disso.
Imagina que você está fazendo home-office, não está saindo de casa, mas quer comemorar seu aniversário de casamento. O que você faz? Pesquisa possíveis pratos nos aplicativos de delivery ou vai direto naquele restaurante que você e seu companheiro(a) amam?
Quando você quer algo rápido para almoçar, você fica minutos procurando algo disponível ou vai direto naquele prato feito que você sempre comia perto de casa? Você não prefere apoiar empreendedores pequenos que já conhece? E se você se sente bem atendido, você não volta a pedir no lugar?
Pois bem. Se os clientes lembram de você, eles voltam a pedir. Mas eles só irão lembrar se o serviço for de qualidade. É claro que novas pessoas sempre aparecem e ajudam a manter o movimento do restaurante, mas, diante do que estamos passando, são os clientes fiéis que voltam, que indicam, que apoiam.
Como você acha que vai ser o futuro dos restaurantes pós-pandemia? Se você comanda um, o que já mudou? Vamos conversar mais sobre suas projeções para o futuro? Seu restaurante não precisa ser só um sobrevivente. Ele pode sair ainda melhor dessa.
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