Conheça as principais certificações para indústria de alimentos

Se as boas práticas de fabricação e uma boa gestão de qualidade fazem parte da rotina da sua empresa, por que não ter o reconhecimento por esse trabalho? As certificações para indústria de alimentos são, nesse sentido, uma forma de aprimorar seus processos e mostrar que eles são de qualidade e, principalmente, seguros para o consumidor final. Ter uma certificação não é só uma obrigação, mas também uma exigência de um mercado cada vez mais competitivo e parte primordial do crescimento de uma empresa.

Quando se fala em indústria de alimentos, temos órgãos fiscalizadores e regulamentadores, como a ANVISA e o MAPA. Mas seguir a portaria 2619 ou a RDC nº 216 não é mais o suficiente. O mundo evolui, o mercado cresce, a demanda muda e as indústrias têm de adaptar, a fim de manter uma comunicação transparente com seus clientes.

Essas certificações para indústria de alimentos são como uma proteção para a empresa. Por meio delas, é possível comprovar que os processos de produção seguem uma norma estrita, que visa a segurança do trabalho, a otimização de resultados e a saúde do consumidor. Hoje, é muito comum que importadores e clientes peçam às indústrias a comprovação de requisitos de qualidade, a qual se dá por meio das certificações.

Neste post, apresentaremos 6 certificações para indústria de alimentos, cada uma com suas particularidades. Depois da leitura, você será capaz de decidir em qual dessas certificações deve investir para ter mais segurança e transparência em seus processos.

Antes, porém, é importante lembrar que algumas certificações são obrigatórias para determinados setores, como na indústria de alimentos de origem animal. Em outros casos, as certificações são voluntárias, ou seja, a empresa escolhe se certificar. Quando isso acontece, é válido responder algumas perguntas, como:

  • Quais as certificações têm os meus concorrentes?
  • Quem são os clientes da nossa empresa e quais certificações eles exigem?
  • Como está atualmente seu sistema de gestão de qualidade e em quais pontos você pode aprimorá-lo?
  • Qual mercado a empresa alcança atualmente e onde quer chegar a longo prazo, pensando, principalmente, em exportação?

 

Com essas respostas em mãos, é hora de conhecer as principais certificações para indústrias de alimentos:

 

  1. 1. Certificação de orgânicos

Essa certificação, reconhecida nacionalmente e internacionalmente, assegura que o alimento obedece às normas e práticas de produção orgânica. Isso significa que tem métodos mais naturais, respeitando os ciclos da natureza, além de não usar organismos geneticamente modificados, agrotóxicos e outros aditivos químicos específicos.

 

  1. HACCP

Hazard Analysis and Critical Control Point ou, traduzindo, Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle. Nós temos alguns posts por aqui no blog que falam mais detalhes sobre esse sistema de gestão, você pode conferi-los jogando “HACCP” na busca, ou, então, clicando direto neste link.

Ela não é exatamente uma certificação, mas é uma das declarações de conformidades mais conhecidas. O estabelecimento de um plano de HACCP é um dos requisitos obrigatórios para implementação de outras certificações, como a que veremos a seguir…

certificação HACCP

 

  1. ISO 22000

A família ISO, representada pela Associação Nacional de Normas Técnicas (ABTN) no Brasil, tem uma série de normas de gestão da segurança dos alimentos. Seu objetivo é facilitar a promoção dessas boas práticas de gestão. Essas normas são submetidas para avaliação dos 161 países membros da organização e avaliadas por um comitê específico.

Para ter a certificação ISO 2200, a organização tem que comprovar que é capaz de controlar os riscos relacionados à segurança dos alimentos. Isso inclui requisitos específicos, que envolvem:

  • Documentação e registros de controle;
  • Gestão de recursos, como infraestrutura e ambiente de trabalho;
  • Responsabilidade da direção, ou seja, como é a comunicação, prontidão e respostas a emergência, análises críticas, etc.
  • Planejamento e realização de produtos seguros, o que inclui o estabelecimento do plano HACCP, programas de pré-requisitos operacionais, os PPROs, e os PPR, programas de pré-requisitos;
  • Controle de monitoramento e medição;
  • Validação das combinações de medidas de controle;
  • Verificação do sistema de gestão de segurança.

 

Já dentro das normas da família ISO, encontramos:

  • ISO 22000:2018 – diretrizes gerais para segurança dos alimentos;
  • ISO/TS 22004:2014 – diretrizes para a aplicação da norma ISO 22000;
  • ISO/TS 22002-3:2011 – contém pré-requisitos específicos para a agricultura;
  • ISO/TS 22002-1:2009 – contém pré-requisitos específicos para a fabricação de alimentos;
  • ISO 22005:2007 – incide sobre a rastreabilidade na cadeia alimentar;
  • ISO /TS 22003:2007 – fornece diretrizes para organismos de auditoria e de certificação.

A ISO/TS 22002-1:2009, por exemplo fala sobre os programas de pré-requisito abrangendo a construção e layout das instalações, descarte de resíduos, controle de pragas, gestão de materiais adquiridos, reprocessamento, armazenamento, etc.

Vale ressaltar que a ISO 22000 é certificável, mas não é reconhecida pela GFSI, Global Food Safety Initiative, organização que avalia as normas existentes e dá seu aval de reconhecimento. No entanto, uma certificação bem semelhante a ISO 22000 tem o reconhecimento da GFSI…

 

  1. FSSC 22000

Estamos falando da Food Safety System Certification, FSSC 22000. Baseada nas ISO 22000 e ISO/TS 22002-1, a FSSC 22000 traz alguns requisitos adicionais, mas é menos abrangente que a ISO. Essa certificação pode ser aplicada em empresas de processamento industrial de alimentos, de catering, agricultura e fabricantes de embalagens de alimentos, sendo mais específica em sua implementação.

certificação FSSC 22000

 

  1. Norma SQF

Também reconhecida pela GFSI, a norma SQF tem um alto grau de aceitação nos mercados globais, mas ainda tem pouca penetração no mercado brasileiro. A certificação consiste na SQF 1000, aplicada sob a agricultura, e a SQF 2000, para fabricação de alimentos e serviços do setor.

Essa norma é baseada no Comitê Consultivo Nacional sobre critérios microbiológicos para alimentos (NACMCF) e os princípios e diretrizes do HACCP do Codex Alimentarius. Ela pode ser aplicada em todos os setores, desde a produção até o transporte e distribuição da indústria de alimentos.

Norma SQF 1000

 

  1. Global G.A.P

Voltada para agricultura, essa certificação internacional é obrigatória para comercialização de produtos agrícolas em mercados mais exigentes, como na Europa. A organização privada, que cuida da certificação, tem como objetivo garantir uma agricultura mais sustentável e segura. Não é exatamente para indústria, mas é interessante conhecê-la para procurar fornecedores certificados.

Global G.A.P

Parece complicado decidir em qual certificação investir, não é? Afinal, essa decisão impacta diretamente no posicionamento da sua empresa no mercado. Por isso, é importante se preparar antes, entender quais são suas obrigações legais, conhecer melhor o mercado e entender qual certificação é a melhor para o seu produto e cliente.

Como fazer isso? Tendo uma equipe preparada ao seu lado. Uma boa dica é contratar uma consultoria em nutrição. Na Nutri Mix, por exemplo, podemos te ajudar do início ao fim: desde a escolha da certificação até sua implementação.

Se você quiser entender melhor as principais certificações para indústria de alimentos, entre em contato conosco e tome a melhor decisão para sua empresa.