Entenda a importância do setembro amarelo

Provavelmente, a essa altura, você leu algo sobre o setembro amarelo nas redes sociais. Para os que não fazem ideia do que está acontecendo, a importância da campanha vem de um problema que, atualmente, faz mais vítimas que a AIDS: o suicídio. A ideia, assim como o outubro rosa ou novembro azul, é conscientizar a população sobre a importância de procurar ajuda diante de problemas emocionais.

Abra os olhos, a realidade é preocupante

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que o suicídio é a quarta maior causa de mortes em jovens entre 15 e 29 anos. Em 2015, foram 11.736 mortes, segundo o Sistema de Informação sobre Mortalidade.

Informações mais recentes, de especialistas da Comissão de Assuntos Sociais, indicam que a cada 40 minutos, uma pessoa se suicida no Brasil. Quase 100% desses casos estão relacionados a algum tipo de transtorno mental, que poderia ser tratado.

Suicídio é um problema de saúde pública totalmente evitável. Depressão, ansiedade, sofrimento e outras dificuldades devem entrar em pauta para mudar essa realidade. Fechar os olhos, como os dados comprovaram, não é a melhor saída.

Nós precisamos falar sobre o suicídio. Não podemos encará-lo como um tabu, enquanto milhares de pessoas precisam de acolhimento e apoio.

Em 2017, o Ministério da Saúde colocou como meta reduzir as taxas de suicídio em 10% até 2020. Para isso, a proposta é expandir os Caps, Centro de Atenção Psicossocial, que, hoje, estão presentes somente em 2463 dos quase 6 mil municípios brasileiros.

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O papel da alimentação no setembro amarelo

Pode parecer estranho, mas a alimentação, quando falamos em setembro amarelo, tem um papel de destaque. Não porque ela é uma forma de tratamento, mas, sim, porque pode ser uma das causas do problema.

O Brasil tem uma das maiores taxas de Transtorno da Compulsão Alimentar, com 4,7% da população. Decorrente de vários fatores, como depressão, desgaste emocional ou estresse, o transtorno leva a pessoa a comer grandes quantidades de comida, mesmo quando não está com fome. Isso cria um ciclo de culpa, vício e perda de controle.

Já um levantamento feito pela Secretária de Saúde de São Paulo mostrou que 77% das jovens apresentam propensão a desenvolver algum tipo de distúrbio alimentar. A anorexia e a bulimia são doenças invisíveis, mas fatais. Elas começam no emocional e passam para o físico, causando graves consequências.

A alimentação, mais do que uma forma de nutrir o corpo, é prazer. Quanto mais pessoas enxergarem o prato de comida como uma punição ou um inimigo, mais nos distanciamos da função principal do alimento. A sociedade, impondo um padrão de beleza irreal e engolindo as pessoas em rotinas malucas, ocasiona uma série de problemas emocionais que leva a relações distorcidas com a comida.

 

Como você pode ajudar

Nesse setembro amarelo, seja o ombro amigo de alguém. Aproveite para rever os seus conceitos e, ao invés de apontar o dedo, estenda a mão a quem precisa. Divulgue o tema, inicie o diálogo e, o principal, tenha empatia.

Mas, agora, se você sente que precisa de ajuda, saiba que não está sozinho. Quando sentir que não aguenta mais, ligue para o número 188. Alguém, do outro lado da linha, estará a postos para te escutar. A vida vale a pena, acredite.

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